Avaliação Honda WR-V versão topo de linha EXL

Testamos a versão EXL do novo Honda WR-V pelas ruas de Goiânia (GO), e apesar do visual diferente do Fit, com quem ele compartilha a plataforma, a comparação entre os modelos é inevitável. Há diversos componentes “emprestados” do hatch, incluindo motor, câmbio e itens do interior. Mas basta guiá-lo por alguns quilômetros para notar que o SUV não é só um “Fit bombado” e quer ser muito mais do que a sombra do hatch veterano.

Classificado como SUV compacto pelas suas medidas, o modelo chegou para ficar abaixo do HR-V como utilitário esportivo de entrada. E se enquadra nessa categoria pelos requisitos do Conpet/Inmetro, que coordena os testes de consumo do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Vale lembrar que o WR-V tem 2,5 cm a mais que o Fit no entre-eixos. O porta-malas tem a mesma capacidade do hatch: 363 litros.

O que é diferente?

Vamos detalhar primeiro o que é igual. O motor do Honda WR-V é exatamente o mesmo 1.5 flex de até 116 cv (etanol). O crossover pesa 1.130 kg (29 kg a mais que o Fit EXL), então o desempenho não deveria ser muito afetado. Entretanto, a impressão é que ele é um pouco mais lento que o hatch. O consumo do Inmetro é de 8,2 km/l na cidade com álcool e de 11,2 km/l com gasolina. Na estrada, 8,7 km/l com álcool e 12,4 km/l com gasolina.

Mas o câmbio automático do tipo CVT do o WR-V teve a calibração alterada e conta somente com as opções “S”, para uma tocada mais esportiva retardando as trocas de marcha, ou “L” (“Low”) para limitar a marcha e aumentar o torque e o freio-motor em situações específicas em que isso seja necessário.

O modelo não oferecem trocas manuais nem na alavanca, o que entrega respostas de desempenho similares. Isso não é ruim, pelo contrário, o WR-V entrega ótimas respostas, especialmente em uso urbano. Quem nunca guiou um carro com CVT pode estranhar no começo apenas o barulho elevado ao pisar fundo no acelerador. Nada que incomode, mas vale a adaptação para situações em que seja preciso retomar a velocidade com maior rapidez, como numa ultrapassagem.

O que é bastante diferente do Fit é o acerto da suspensão, já com o uso de bitolas (distância entre as rodas de um mesmo eixo) mais largas e pneus com perfil mais alto de medida 195/60. Com a suspensão 5 cm mais alta no Honda WR-V é perceptível que o SUV está mais firme, garantindo maior conforto na cidade e mais estabilidade tornando o WR-V um crossover capaz de passar por valetas e buracos sem sacudir. O chassi também é exclusivo.

Acabamento e espaço interno

O Honda WR-V não oferece luxo, mas tem bom acabamento. Ainda assim, acreditamos que um carro acima de R$ 80 mil poderia ter um design mais moderno no interior, abusar menos de plásticos e adotar mais texturas, mesclando materiais mais agradáveis ao toque para criar uma cabine mais refinada, seguindo o exemplo dos novos revestimentos dos bancos.

Além disso, vários elementos que são compartilhados com o Fit, como quadro de instrumentos, volante, central multimídia, comandos do ar-condicionado e no painel, onde a única diferença é uma régua cromada no lado do passageiro. Para se diferenciar, o SUV adota revestimentos exclusivos em preto e prata ou preto e laranja (esta última opção apenas nas versões com carroceria em vermelho).

Destaque para a posição de dirigir elevada oferecida no hatch que foi mantida no WR-V, com banco com ajuste de altura, encosto de cabeça e cintos de três pontos para todos os passageiros. Além do porta-copos no painel ao lado do volante e espaço dos bancos traseiros que possibilita a viagem de três adultos.

A visibilidade do SUV da Honda também é beneficiada pela ampla área envidraçada e pelo capô rebaixado ao centro. Mas o destaque mesmo é o sistema de modularidade dos bancos traseiros onde é possível rebater ou levantar os assentos para transportar cargas volumosas. É tudo muito rápido e prático.

Equipamentos Honda WR-V

De série, a versão mais cara WR-V EXL vem com ar-condicionado, direção elétrica, rack de teto, rodas de liga leve aro 16″, direção elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos, volante multifuncional revestido de couro com regulagem de altura e profundidade, piloto automático, airbags frontais, laterais e do tipo cortina e isofix.

Além de, computador de bordo, faróis de neblina, luzes diurnas de LED e a central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas com GPS integrado. O sistema de som aposta em quatro alto-falantes e dois tweeters, sem desapontar na qualidade de reprodução.

Mas o modelo merecia alguns itens a mais de conforto, como ar-condicionado dual zone, bancos revestidos de couro, controles eletrônicos de estabilidade e de tração, ESP, comando um-toque para todos os vidros elétricos, sensor de estacionamento traseiro e da entrada/partida sem chave.

Da mesma maneira, os pneus verdes Pirelli Cinturato P1 195/60 aro 16 não foram pensados para o uso-misto, pois são de baixa resistência à rolagem. Por outro lado, o conjunto mais borrachudo ajuda nas frenagens.

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