O que é e para que serve o controle de estabilidade?

Você sabia que um brasileiro morre no trânsito a cada 12 minutos? Segundo a ONU, mais de 90% de todos os acidentes de trânsito acontecem por três principais motivos:

  • Imprudência,
  • Negligência,
  • Imperícia.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA, o governo brasileiro gasta quase 60 bilhões por ano com essas situações. Esse dado é de 2022.

Conforme o levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária, órgão responsável pela criação do Maio Amarelo, que visa a conscientização no trânsito. No Brasil, 120 pessoas morrem por dia nas estradas e no mundo estima-se que 50 milhões sofram lesões capazes de incapacitar parcialmente ou totalmente.

Mas, os carros modernos oferecem diversos dispositivos eletrônicos que muitos motoristas não fazem nem ideia do que são, e como eles funcionam! Um deles é o controle de estabilidade.

O que é controle de estabilidade?

O sistema tem essa nomenclatura chamado ESP ou ESC, é tão eficiente em termos de
proteção dos ocupantes do automóveis que é considerado o segundo mais importante
dispositivo de segurança, logo depois do cinto de segurança.

O ESP começou a se popularizar graças a obrigatoriedade do ABS, inclusive aqui no
Brasil, com isso as montadoras passaram a ter novos itens de segurança aos seus veículos, como componentes de atuação de freio eletrônico.

Como funciona o controle de estabilidade?

Basicamente o sistema de segurança de estabilidade freia individualmente as rodas e limita a aceleração do motor. Com isso, fazem com que o carro mantenha a sua trajetória com vários sensores.

O ESP funciona quando detecta um desvio na trajetória do volante, isso acontece através de seus sensores que quando necessário aciona os freios individualmente por meio de atuadores hidráulicos. Além disso, ele também verifica o RPM do motor e a velocidade do veículo.

Os sensores ficam localizados na central eletrônica do controle de estabilidade, onde recebem inúmeros parâmetros por segundo e por isso conseguem detectar imediatamente quando tem alguma coisa errada.

Portanto, o controle de estabilidade atua reduzindo a aceleração do carro, mesmo que o motorista esteja acelerando fundo. Porque, o sistema do acelerador também é eletrônico, e permite que a interface central atue ao mesmo tempo, aplicando freio numa roda e controlando o acelerador em uma outra roda.

Exemplo de atuação do controle de estabilidade

Se você entrar em uma curva pisando no acelerador mais do que deveria, o carro tende a querer sair de traseira. E essa derrapagem para fora da curva pode causar um acidente.

Nesta hora que entra o controle de estabilidade, já que possui sensores que percebem essa tendência e evitam essa derrapagem, trazendo o carro de volta para a trajetória correta.

Você pode pensar que não precisa do controle de estabilidade, pois se considera um
motorista bem cuidadoso e jamais acelerou ou dirigiu de forma brusca em uma curva. Entretanto, não temos como prever quando um obstáculo repentino que pode surgir na nossa frente ou quando realizar um movimento brusco em pista molhada, por isso é sempre bom estar com o ESP ligado, para nos auxiliar na condução mais segura.

Controle de estabilidade garante uma pilotagem mais segura

Como desativar o controle de estabilidade?

Porém, você tem a possibilidade de desligar o controle de estabilidade, geralmente por meio de um botão no painel. Mas não é indicado.

Pois, o controle de estabilidade age em frações de segundos, por isso o motorista nem
consegue perceber quando ele está agindo. A única ação diferente que ocorre com o veículo quando o sistema está funcionando é a luz que acende no painel..

Apesar de ajudar na segurança dos passageiros, o controle de estabilidade não consegue ampliar a aderência dos pneus, ou seja, ele ajuda, mas ele não consegue permitir uma estabilidade absoluta. Portanto, você tem que dirigir também de forma mais segura.

Como é construído o controle de estabilidade?

Os componentes do controle de estabilidade são:

  • Modulador hidráulico unidade de comando integrada: a unidade de comando integrada
    aciona as válvulas solenoides do sistema de freio automaticamente, isso acontece
    para manter o veículo na trajetória. O sistema funciona através de uma ligação entre o
    cilindro mestre e o cilindros para cada roda instalado no cofre do motor.
  • Sensor de velocidade de roda: a unidade de comando utiliza esse tipo de sensor para
    medir a rotação da roda, obtendo a velocidade do veículo. Por isso, ele
    utiliza dois princípios de operação diferenciados: o sensor de RPM da roda passiva e ativo.
  • Sensor de ângulo de direção: ele é responsável por verificar a posição do volante. Ele faz isso por meio de um ângulo de direção, da velocidade do veículo e da pressão aplicada no pedal do freio. Pode ser medida também pela posição do pedal do acelerador.
  • Sensor Yaw Rate: é quem registra todos os movimentos do veículo ao redor do eixo vertical. Ele trabalha junto com o sensor de aceleração lateral integrado e determina a real trajetória do veículo, calculando e comparando com a intenção do motorista.

Isso é muito legal, porque quando você está dirigindo e faz uma mudança brusca todos esses sensores vão trabalhar em segundos para manter a trajetória do veículo.

Controle de estabilidade (ESP) é obrigatório no Brasil?

No Brasil, todos os veículos novos, deveriam contar obrigatoriamente com o sistema de
controle de estabilidade a partir de 2022. Mas, devido a pandemia, esse prazo foi adiado pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), órgão que é vinculado ao Ministério de Infraestrutura, para o início de 2024.

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