O mercado automotivo brasileiro alcançou um marco inédito em 2024, registrando a maior venda de veículos da história do país. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou que foram comercializados 14 milhões de veículos, entre novos e usados, consolidando um desempenho que supera o de qualquer outro período registrado.
Recorde histórico e crescimento global
Segundo Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, de janeiro a dezembro de 2024 foram realizados mais de 2,63 milhões de licenciamentos, o que representa um salto de 14% em relação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento colocou o Brasil como líder mundial em expansão no mercado automotivo, enquanto a média global de aumento nas vendas foi de apenas 2%.
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O avanço foi ainda mais evidente na média diária de vendas, que cresceu 12% em comparação ao ano anterior. Esses números refletem um movimento sem precedentes, que posiciona o país como referência internacional no setor.
Oferta de crédito impulsiona vendas
O principal motor desse desempenho foi a ampla oferta de crédito, que atingiu um volume de R$ 200 bilhões em financiamentos, um aumento de 36% em relação a 2023. O tíquete médio por veículo ficou em torno de R$ 30 mil, com as vendas a prazo correspondendo a 44% do total negociado no ano.
Além disso, a queda na inadimplência, que passou de 5,5% para 4,7%, contribuiu para criar um ambiente mais favorável para transações. “Ainda há espaço para melhorias, mas já avançamos muito. Um ecossistema saudável é essencial, e o crédito desempenha um papel central nesse processo”, destacou Marcio de Lima Leite.
Perspectivas para 2025: desafios no horizonte
Apesar do otimismo gerado pelos números de 2024, o setor encara desafios para 2025, especialmente em função do aumento da taxa de juros, que deve atingir 14,25% ao ano. A expectativa da Anfavea é de que o mercado de veículos novos cresça 6,3%, totalizando 2,80 milhões de unidades licenciadas.
Para o presidente da entidade, o custo do crédito será um obstáculo a ser superado. “Precisamos continuar promovendo condições viáveis para o consumidor, mesmo diante de um cenário macroeconômico mais desafiador”, concluiu.
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