Primeiro quatro portas, “tipo SUV”, anda acima de 310 km/h e chega a 100 km/h em 3,3s.
Purosangue
Começando, o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna já deixa bem claro: “Não estamos chamando de SUV, nós nem falamos sobre SUVs”. Portanto…não é um SUV.
O Purosangue é um pouco de todos os modelos atuais da marca, pegando as características de cada um para criar esse inédito modelo.
Parece até brincadeira mas não é. Esse é o primeiro modelo 4 portas da marca, e demorou 75 anos para aparecer.
Esportivo de grande porte.
De SUV ele só tem o tamanho, porque o resto é esportividade, o DNA da marca, não poderia ser diferente, afinal é uma Ferrari.
Um esportivo de 4 portas, é a melhor definição, afinal, só pode ser comprado com bancos concha na segunda fileira e não tem mais fileiras.
Um porta-malas “modesto” de 473 litros se esconde na silhueta do cupê, priorizando a aerodinâmica frente a praticidade.
As áreas de design e desenvolvimento conseguiram trabalhar juntos e equilibrar suas idéias para encontrar um meio termo no layout. De muito bom gosto por sinal.
Detalhes
Para balancear o Purosangue, a Ferrari posicionou o motor V12 na dianteira, mas, bem próximo da parede corta-fogo, mais perto da cabine. Já a transmissão de 8 marchas automatizada de dupla embreagem, foi para o eixo traseiro.
Essa distribuição de peso e o teto em fibra de carbono, colaboram para um baixo centro de gravidade, assim, garantem melhor estabilidade.
As portas são outro ponto curioso. As traseiras abrem no sentido contrário e com boa amplitude pois, para entrar e sair do veículo precisa de espaço.
Os bancos em forma de concha na fileira traseira não deixam muito espaço. Outra característica que o distancia de um SUV que são mais espaçosos.
Com tração integral, as rodas dianteiras deixam de tracionar acima da quarta marcha ou por volta dos 200 km/h.
Medidas
Mede 4,97 m de comprimento, sendo 3,01 m de entre-eixos, 2,02 m de largura e 1,58 m de altura, é mais alto que qualquer modelo da marca mas, para um SUV, pelas fotos parece baixo. A medida não foi revelada.
Elétrico? Ferrari?
Deixaram o Sr. Enzo descansar em paz, afinal, não se vende tantas Ferraris assim a ponto de se preocupar com os poluentes, mantiveram o cuidado com a ecologia simplesmente não gerando descarte de baterias.
Um motor 6.5 V12 aspirado é o mais potente da categoria GT na história da Ferrari. São 725 cv a 73 kgfm de torque, entregando 80% de seu torque a míseros 2.100 rpm. A potência máxima chega a 7.750 rpm, sendo que o motor pode alcançar 8.250 rpm. Combustível? Leva 100 litros no tanque.
A transmissão é de dupla embreagem e 8 marchas, assim, são as responsáveis para trabalhar com esse motorzão de cárter seco.
Suspensão
A Ferrari desenvolveu um sistema de suspensão ativa para controlar os movimentos do amortecedor, mas em parceria com a canadense Multimac.
São quatro atuadores de 48 volts que gerenciam o balanço da carroceria rapidamente, mas não fica só nisso. Atuam no movimento das rodas e na altura do veículo, que pode baixar 10 mm nas curvas.
Concorrentes
Lamborghini Urus Performance, Bentley Bentayga Speed, Aston Martin DBX 707 e Porsche Cayenne GT são os seu concorrentes mas, segundo a escuderia italiana, todos pesam mais que os 2.033 kg informados do Purosangue.
Finalmente
A dúvida em ser um SUV ou um sedã bombadão vai depender do estilo de cada um, afinal, a moda agora é ter um SUV ou Crossover para “fazer tipo” e se sentir um aventureiro urbano, mas, a Ferrari não deve dar a mínima para isso.
Para quem gosta de Ferrari, sabe que o negócio é asfalto e adrenalina, não é à toa os bancos traseiros serem em concha, a pouca altura do solo e espaço interno, enfim, não é carro de passeio para família, mas pode ser de diversão para família.
Custando aproximadamente 390 mil euros, tem um público com muito espaço sobrando na garagem e pouco espaço sobrando na conta bancária, sorte deles e que divirtam-se, pois o carro está lindo!