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A falta de insumos para produção de veículos está afetando o segmento desde o início do ano. Montadoras como a Chevrolet, por exemplo, estão com fábricas paradas por falta de semicondutores que são matéria prima para a produção de componentes eletrônicos e módulos de controle.

Isso causou impacto negativo nas vendas de veículos novos. Os emplacamentos de veículos automotores, considerando todos os segmentos automotivos, encerraram o mês de julho próximo da estabilidade, na comparação com junho (baixa de 0,02%).

Mas o dado que mais chamou a atenção, no levantamento realizado pela FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores foi a queda de 7,3% no volume de automóveis emplacados. Segundo a entidade, esse número não era visto desde julho de 2005.

Apesar da retração nos licenciamentos de automóveis, os segmentos de caminhões, implementos rodoviários, motos e comerciais leves tiveram resultados positivos em julho. Com isso, o setor, como um todo, registrou alta de 10,9% em julho deste ano, sobre julho de 2020, e aumento de 33,74% no acumulado dos 7 primeiros meses de 2021, em relação ao mesmo período de 2020.

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“O número de emplacamentos, até agora, mostra que o setor, no geral, mantém sua trajetória de recuperação, com um volume total próximo ao que registramos nos últimos anos, antes da pandemia. E se a produção estivesse normalizada, principalmente, para automóveis, poderíamos ter um crescimento ainda maior do que o previsto para este ano”, afirma Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE.

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Motos

O mercado de Motocicletas continua aquecido e com boa disponibilidade de crédito, com aprovação média de 4,8 propostas para cada 10 enviadas aos agentes financeiros. Porém, assim como acontece com os Automóveis, as montadoras de motocicletas também enfrentam problemas na obtenção de peças e componentes para regularizar sua produção, frente à alta demanda.

O crescimento foi de 5,50% em relação a junho deste ano. Se comparado com o mesmo mês do ano passado, o crescimento é de 32,20%. No acumulado do ano, o crescimento é de 44,67%.

“O resultado do mês de julho só não foi melhor pela falta de produtos. Mas, notamos que a demanda permanece alta e os emplacamentos de motocicletas continuam em plena recuperação, já que elas estão consolidadas como veículos de transporte de pessoas e cargas expressas”, explica o Presidente da FENABRAVE.

Caminhões

Com o mercado agrícola aquecido e a economia registrando crescimento nos primeiros meses do ano, o segmento de Caminhões é um dos destaques do setor e pode ter, em 2021, um dos melhores resultados de sua história.

“Temos modelos com programação de entrega agendada já para janeiro de 2022. São veículos já negociados, mas que, em virtude da demanda, só poderão ser entregues no próximo ano”, destaca Assumpção Júnior, reforçando que este segmento apresenta boa oferta e aprovação de crédito. “Hoje, cerca de 8 a cada 10 fichas de financiamento são aprovadas”, declara o Presidente da FENABRAVE.

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