superando amplamente a média global de 2% nas vendas de veículos novos. Um dos principais fatores para esse avanço foi a maior facilidade de acesso ao financiamento. Segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), 46% das aquisições de veículos leves no último ano foram financiadas, movimentando R$ 272,7 bilhões em crédito.
O volume de financiamentos cresceu mais de 30% em relação a 2023, conforme dados da B3, responsável pelo registro de gravames no Brasil. Entre janeiro e novembro de 2024, as concessões de crédito somaram R$ 192,2 bilhões, um salto de 24,4% na comparação anual. Já em janeiro de 2025, o número de operações financeiras cresceu ainda mais, alcançando cerca de 750 mil transações, segundo o Banco Central e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Condições facilitadas impulsionam vendas
O aumento da concorrência no setor tem estimulado as compras financiadas. De acordo com Raphael Cordeiro, professor de Carteira de Investimentos e Sistema Financeiro Nacional na PUC-PR, montadoras e concessionárias têm adotado estratégias para tornar o financiamento mais acessível. “Ofertas de entrada reduzida, prazos prolongados, parcelas flexíveis e até juros zerados para determinados modelos estão atraindo mais consumidores”, explica.
Essa flexibilização também contribui para a queda da inadimplência. Segundo a Anef, a taxa de inadimplência caiu 0,3 ponto percentual entre pessoas físicas e 0,7 ponto percentual entre empresas. “O veículo financiado serve como garantia, o que incentiva o consumidor a manter os pagamentos em dia e reduz o risco de inadimplência”, detalha Cordeiro.
Perspectivas positivas para 2025
Apesar dos desafios impostos pela alta dos juros, o mercado de financiamentos para veículos deve seguir aquecido. O presidente da Anef, Paulo Noman, reforça a importância de soluções personalizadas. “A criatividade será essencial: prazos flexíveis e pagamentos residuais no final do contrato são algumas das alternativas que já estamos adotando”, afirma. A previsão é de um crescimento de 8,5% no volume de crédito, alcançando R$ 297 bilhões.
O vice-presidente da Tecnobank, Luís Otávio Matias, aponta que, embora a Selic elevada encareça o crédito, outros fatores equilibram o cenário. “A taxa de desemprego deve ficar em torno de 6% em 2025, o menor índice dos últimos anos, o que resulta em maior renda disponível e incentiva a tomada de crédito”, observa Matias.
Outro aspecto que pode beneficiar o setor é a Lei Federal 14.711/23, conhecida como Marco Legal das Garantias. Essa legislação fortalece a segurança das operações de financiamento, tornando os créditos mais acessíveis. Seu impacto positivo, iniciado em 2024, deve se consolidar ao longo deste ano, conforme avaliam a Fenabrave e a Anfavea.
Segundo Matias, a expectativa é que o crédito para pessoas físicas cresça cerca de 12% em 2025. “A combinação de emprego estável, acesso ao crédito e baixa inadimplência favorece o setor. Além disso, uma pesquisa da Webmotors revelou que 68% dos brasileiros desejam comprar ou trocar de carro este ano, com 37% planejando a aquisição ainda no primeiro semestre”, destaca.
Com esse cenário promissor, o financiamento de veículos deve continuar sendo um dos principais motores do crescimento do mercado automotivo brasileiro em 2025.
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