Carros que sofreram impeachment

Nem todos os lançamentos de carros fazem o sucesso que as marcas esperam, seja pelo fraco desempenho do motor, por problemas mecânicos de fábrica, a chegada de outra linha de veículos, o design diferente ou o preço alto. Já alguns modelos foram grandes sucessos de vendas, mas acabaram defasados por conta dos avanços tecnológicos. O UsadosBR reuniu alguns desses modelos que venderam bem – e outros nem tanto-, mas acabaram saindo de linha, ou melhor sofreram um impeachment. Confira:

Veloster

Imagem: Divulgação
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O Hyundai Veloster tinha tudo para ser um sucesso de vendas com sua carroceria de três portas, acompanhada de vários itens de série exclusivos. Mas, ao chegar ao mercado brasileiro em 2011, os consumidores que esperavam ansiosamente o lançamento se decepcionaram. O motor 1.6, por exemplo, contava com apenas 128 cavalos de potência e não com os 140 cavalos anunciados pela Hyundai antes de seu lançamento. Essa e outras promessas não cumpridas pela marca sul-coreana rendem ações judiciais contra o grupo CAOA até hoje. O carro deixou de ser importado para o Brasil em 2014, enquanto a versão turbo, anunciada também em 2011, nunca apareceu.

Sonic

Imagem: Divulgação
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O Chevrolet Sonic chegou ao Brasil em 2012, sendo importado do México nas versões LT e LTZ, hatch e sedã, com motor 1.6 de 120 cavalos de potência e câmbio manual de cinco velocidades ou automático de seis. Seguindo o destino do irmão Agile, o Sonic deixou de ser oferecido em 2014 por conta do baixo volume de vendas – emplacando 4.246 unidades do hacth – e também pelo sucesso do Onix – 91.236 unidades emplacadas –, lançado também em 2012. Com o sedã não foi diferente – o modelo perdeu bastante espaço no mercado para o Chevrolet Cobalt. Enquanto o Sonic sedã emplacou 2.706 unidades, o Cobalt comercializou 28.589 unidades.

Agile

Imagem: Divulgação
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Lançado em 2009 no Brasil, o Chevrolet Agile chegou para disputar mercado com o Volkswagen Fox e o Renault Sandero. O hatch da fabricante americana com motor 1.4 Econo Flex de 102 cavalos e torque de 13,4 kgfm foi um dos carros mais vendidos até 2011. No entanto, ano seguinte, as vendas caíram drasticamente com a chegada do Onix. Com isso, o Agile não conseguiu manter um número de vendas que justificasse seguir com a importação da Argentina e abandonou o mercado nacional entre agosto e setembro de 2014.

Chrysler PT Cruiser

Imagem: Divulgação
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Com visual retrô, ousado e peculiar, o Chrysler PT Cruiser começou a ser importado do México para o Brasil em 2001 na versão Limited com motor 2.0, 16 válvulas e 141 cavalos. Em crise, a montadora americana pretendia interromper o Cruiser em 2009, mas, depois de ser adquirida pela Fiat e receber investimentos, optou pela sobrevida e, por incrível que pareça, o modelo ficou durante 11 anos no mercado mundial, tendo mais de 1,3 milhão de unidades vendidas em sua história. O monovolume Chrysler PT Cruiser deu lugar ao Fiat Cinquecento no final de 2010.

Stilo

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Lançado no Brasil em 2002, o Fiat Stilo chegou com recursos que eram novidade nos carros brasileiros, como o teto skywindow. Porém o modelo nunca alcançou o sucesso esperado pela montadora. Um dos pontos que prejudicaram as vendas do hatch da Fiat foi o alto custo de manutenção devido as peças frágeis e caras, além do consumo elevado, se comparado aos concorrentes da época, como GM Astra e VW Golf. O Stilo, que saiu de linha para dar lugar ao Bravo, teve suas últimas 4 mil unidades produzidas em setembro de 2010.

Celta

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O Chevrolet Celta chegou exclusivamente ao mercado brasileiro em 2000 e foi desenvolvido sobre a plataforma do Corsa de 1994 para ser o automóvel mais popular da marca no Brasil. Com visual simples, poucos itens de série e preço acessível, o compacto ganhou rapidamente fama entre os brasileiros frente a seus principais rivais – Fiat Uno, Ford Ka e Volkswagen Gol. Com motor 1.0 flex de até 78 cavalos com etanol e câmbio manual, o Celta cumpriu seu objetivo e saiu de linha em 2015 com mais de 1,5 milhão de unidades vendidas.

Classic

Imagem: Divulgação
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O Classic foi o sedã de entrada da Chevrolet por duas décadas. Tendo sua origem no Corsa Sedan, que tanto sucesso fez nos anos 1990, o modelo saiu de linha no começo de 2016, ocupando a 28º posição no mercado nacional, emplacando 10.023 unidades de janeiro a julho deste ano. Assumindo o posto de sedã mais barato da Chevrolet no Brasil, entrou no mercado a recém-lançada versão Joy do Prisma 2017, que não sai por menos de R$ 42.990.

Clio

Imagem: Divulgação
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Mais um modelo de entrada com os dias contados é o Renault Clio, que será substituído por aqui pelo Kwid, a ser produzido na fábrica de São José dos Pinhais (PR). Defasado em relação ao modelo europeu, o Clio foi lançado no Brasil em 1996, importado da Argentina com motores 1.0 e 1.6, embora atualmente seja oferecido somente com o propulsor menor.

Lado positivo

Será que vale a pena comprar um veículo prestes a sair de linha? Muitas vezes é uma boa ideia, dizem os especialistas. Uma das grandes vantagens em adquirir um veículo que esteja para sair de linha ou que passará por uma remodelação é a oportunidade de encontrar promoções e vantagens oferecidas pelas lojas. Para quem pretende rodar por mais de dois anos com um veículo fora de linha, a perda de valor no mercado ao longo dos anos será compensada pelo bom preço que foi pago na hora da compra. Para o cliente, isso pode significar ter um carro mais equipado por um valor que caiba melhor no seu bolso. Para as montadoras, é uma oportunidade de zerar os pátios para seus próximos lançamentos.

Lado negativo ↑

No entanto, comprar um carro que saiu de circulação também exige cuidados. Se a pretensão do cliente for comprá-lo para vender pouco tempo depois, não valerá muito a pena. Um carro 0 km desvaloriza cerca de 10 a 15% no primeiro ano, enquanto o que saiu de linha desvaloriza entre 20 e 22%. Por isso, pode ser uma desvantagem para quem troca de modelo a cada ano. Outro lado negativo de se investir nesse tipo de veículo é a dificuldade de se encontrar peças originais para fazer a manutenção do carro. Apesar das montadoras serem obrigadas a produzir itens de reposição por uma década, após o veículo sair de linha nem sempre a quantidade disponível é suficiente para atender todo o mercado.

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