O mercado de veículos seminovos e usados segue em ritmo acelerado no Brasil. De acordo com o último relatório da FENAUTO, o mês de junho apresentou alta expressiva em praticamente todos os índices apurados, consolidando um primeiro semestre positivo para o setor.
Destaques do mês de junho:
- Aumento de 7,3% nas vendas em relação a maio: Foram comercializadas 1.295.165 unidades, contra 1.207.575 no mês anterior.
- Crescimento de 18% nas vendas por dia útil: Um indicador que demonstra a força do mercado.
- Alta de 10,2% nas vendas em comparação com junho de 2023: Sinal da retomada do setor após os impactos da pandemia.
- Acumulado do semestre 7,2% superior ao mesmo período de 2023: Total de 7.343.752 unidades comercializadas contra 6.851.087 no primeiro semestre do ano passado.
Os modelos mais procurados pelos consumidores:
Automovéis:
- VW Gol: 62.344 unidades vendidas
- Fiat Uno: 34.255 unidades vendidas
- Fiat Palio: 33.222 unidades vendidas
Comerciais leves:
- Fiat Strada: 29.778 unidades vendidas
- VW Saveiro: 18.959 unidades vendidas
- Toyota Hilux: 14.240 unidades vendidas
Motos:
- Honda CG 150: 68.139 unidades vendidas
- Honda Biz: 31.979 unidades vendidas
- Honda CG 125: 28.144 unidades vendidas
Comerciais pesados:
- Ford Cargo: 2.198 unidades vendidas
- Volvo FH: 1.613 unidades vendidas
- Ford F4000: 1.240 unidades vendidas
O presidente da FENAUTO, Enilson Sales, se mostra otimista com o desempenho do setor até o final do ano. Ele projeta a comercialização de mais de 15 milhões de veículos até dezembro, mesmo com os desafios impostos pelas enchentes no Rio Grande do Sul e pela possível elevação da inflação.
“Temos mantido uma média de cerca de 1,2 milhão de veículos comercializados por mês”, afirma Sales. “Se fizermos uma conta simples para os próximos meses e somarmos ao já registrado até agora, poderemos chegar a mais de 15 milhões de veículos até dezembro.”
O presidente da FENAUTO também destaca a importância das festas de final de ano para o setor, que tradicionalmente impulsionam as vendas. “No final do ano, o varejo sempre tem uma evolução maior por conta das festas de final de ano, 13º salário, promoções de vendas etc.”, explica.
Apesar do otimismo, Sales alerta para alguns desafios que podem afetar o desempenho do setor nos próximos meses. “O que pode ameaçar o desempenho do setor é uma possível inflação maior para os próximos meses, como alguns analistas preveem e, consequentemente, segurar a queda das taxas de juros que vinha ocorrendo até recentemente”, pondera.
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